A síndrome de burnout foi oficialmente reconhecida como doença ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na nova Classificação Internacional de Doenças (CID-11) em 2022. Com isso, trabalhadores diagnosticados com a condição terão essa informação registrada em atestados médicos, garantindo maior visibilidade ao problema e fortalecendo direitos trabalhistas.
De acordo com o psicólogo Leonardo Rodrigues, caracterizado pelo esgotamento físico e mental associado ao trabalho, o burnout apresenta sintomas como insônia, alterações de humor, dores musculares, sentimentos de fracasso, dores de cabeça e até impactos no sistema cardiovascular.
Segundo o psicólogo Leonardo Rodrigues, esses são sinais de alerta que não devem ser ignorados.
O psicólogo destaca que o ambiente profissional ocupa mais de 60% da vida dos trabalhadores e que fatores como deslocamento exaustivo, jornadas excessivas e culturas empresariais abusivas contribuem para o adoecimento.
"Muitos trabalhadores chegam a gastar até duas horas no transporte até o trabalho. Há empresas que ainda adotam práticas arcaicas de violência psicológica e vigilância constante para controlar os funcionários, que já são mal remunerados. Além disso, a lógica neoliberal faz com que alguns precisem de até três fontes de renda para sobreviver", explica o psicólogo.
Com o reconhecimento do burnout como doença ocupacional, o debate sobre saúde mental no ambiente de trabalho ganha força, impulsionando mudanças necessárias para a qualidade de vida dos trabalhadores.
Segundo o psicólogo, a busca por apoio profissional é essencial. "É importante perceber o que seu corpo fala. Se o cansaço não passa mesmo dormindo, se não consegue descansar, se muda de humor quando chega em casa, é bom procurar um profissional".